terça-feira, 21 de maio de 2019

The Society | CRÍTICA

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The Society é a nova aposta da Netflix para o público jovem, a trama acompanha um grupo de jovens de West Ham que saíram para uma excursão enquanto um problema de mau cheiro desconhecido era solucionado. Porém, devido ao mau tempo ele precisam retornar para suas casas, mas ao chegarem descobrem que o tal cheiro sumiu, assim como seus pais. 

Como é de costume, a primeira coisa que esses jovens sem supervisão decidem fazer é uma festa cheia de álcool, musica, drogas e sexo. Apesar de parecer um momento fútil, é durante essa curtição que somos apresentados aos problemas pessoais de alguns dos personagens principais e suas histórias. Depois de curtirem, parece que a ficha cai e eles percebem que estão isolados do mundo, não tem um adulto na cidade e que precisam encontrar um jeito de sobreviverem dentro desse lugar. E cada um reage a sua maneira, indo da mais calma para a mais extrema possível. 

De início, parece que o núcleo central da trama será desvendar como eles foram parar nesse lugar, porque estão isolados e como farão para voltar para o "mundo real". Mas no decorrer dos episódios o foco muda para a convivência dos jovens e explorar a vida deles dentro dessa nova realidade e como, em um mundo sem adultos, eles farão para tomar decisões tão importante e vitais para a vivência em sociedade. E é a partir daí que começa a trama de formar uma nova sociedade, estipular normas e regras e uma disputa por poder. 



Apesar de ter uma trama bastante chamativa nas mãos, o roteiro peca em alguns momentos. A trama passa por temas muito importante atualmente como democracia, socialismo, feminismo, relacionamento abusivo e até mesmo moral, mas muitos são tratados apenas superficialmente e facilmente esquecidos dentro da narrativa. Em alguns trecho tudo soa artificial demais e parece apenas um tanto de criança brincando de serem adultos por um dia. Perderam uma grande oportunidade de desenvolverem de forma mais profunda alguns desses temas. 


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Com um elenco principal grande, poucos são bem desenvolvidos, deixando alguns apenas para um papel de figurante e outros aparecem apenas quando é estritamente importante. São poucos os personagens atraentes e que acabam ganhando o gosto do público. Arrisco dizer que Grizz é aquele personagem que vai roubar a cena! Já outros são desenvolvidos com fórmulas bastante conhecidas pelo público, aquele personagem bem clichê que todo mundo já tá cansado de ver (Oi, Will!)   E com um núcleo relativamente grande de personagens centrais, dentro da trama principal da série, cada um deles tem suas tramas pessoais, sendo que acabam não sendo bem exploradas, cansando um pouco o espectador e deixando um sentimento de que há um excesso de tramas dentro de uma principal. 


The Society apresenta uma trama bem atraente, mas muitas vezes se perde dentro dela e acabam sendo um pouco mal desenvolvida. Tem muito mistério, mas poucas respostas são entregues para o espectador e o mistério central da trama é mal explorado e acaba sendo deixado um pouco de lado no decorrer dos episódios. Mas apesar disso, vale a pena assistir a série e acompanhar como os jovens construirão essa nova sociedade em um mundo, aparentemente, sem adulto nenhum e acompanhar um outro lado de uma fórmula que já vimos em produções como Lost e até mesmo na literatura com a saga de Gone. E no final tem um cliffhanger que abre ainda mais perguntas ao invés de responder as que já estão sem respostas. E esse gancho prende a atenção do espectador para a próxima temporada, caso seja renovada. É uma série interessante com alguns defeitos que podem ser ignorados, alguns pelo menos, que promete trazer mais mistérios em uma possível segunda temporada. 


Avaliação:






Abraços, 









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quinta-feira, 16 de maio de 2019

O Sol também é uma estrela | CRÍTICA

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Nesta quinta-feira, 16 de Maio, estreia nos cinemas o filme "O Sol também é uma estrela", adaptação do livro de mesmo nome de Nicola Yoon. Com Charles Melton e Yara Shahidi como os protagonista, o foco da narrativa está nas coincidências do destino e claro, um romance clichê e tocante. E o mais importante, a representatividade que o casal principal traz para as telonas, que nos dias atuais é o que mais falta em grandes produções, que trazem sempre casais dentro de padrões. 

A história começa com o drama que a família de Natasha está tendo que lidar, após anos morando nos Estados Unidos com sua família Jamaicana, eles têm um dia para serem deportados e voltarem para seu país de origem. Embora o dia do retorno já esteja marcado e os pais parecem que já estão conformados com a situação, Natasha não desiste de continuar a lutar e decide recorrer a uma última tentativa para que possam continuar em Nova York. Em contrapartida, acompanhamos a história de Daniel Bae, filho de imigrantes coreanos que possuem uma grande loja de cosméticos, ele está se preparando para uma entrevista que decidirá o seu futuro como médico, apesar de ter forte desejo de ser poeta, ele tenta ser o filho perfeito e seguir a profissão que foi escolhida pelos pais. 

Então o destino começar a entrelaçar os caminhos dos jovens, de uma entrevista no mesmo local a uma frase escrita, o casal vai se aproximando mais a cada encontro. Porém, alguns desses podem incomodar o espectador e parecer forçado demais, mas a vontade do destino está ali para justificar cada um. E como suas vidas parecem que já estão traçadas, ela pela deportação da família e ele pela profissão que lhe foi atribuída, tudo que eles tem é um dia para se apaixonarem. Uma amante da ciência, dos dados, da astronomia fã de Carl Sagan e não acredita muito no amor e ele, amante da poesia e acredita no destino dos amantes. 



De início, não há uma química entre o casal muito marcante que faça o espectador pensar que um dia eles ficarão juntos, porém os atores tem um carisma individual que contribui para que o romance entre Natasha e Daniel ganhe força a medida que a trama se desenvolve. Aqui, vemos também que o roteiro encaixa bem o que já conhecemos, que os apostos se atraem, uma aspirante a cientista bem determinada, decidida e com a personalidade forte, enquanto Daniel é o romântico que acredita em amor à primeira vista, um pouco insistente, é ele que insiste a poder passar o dia com Natasha para provar que duas pessoas podem se apaixonar em pouco tempo. E essa oposição de personalidades contribui para que o roteiro não fique meloso demais e às vezes, pé no chão. 

Porém, o que mais chama a atenção para o filme é a representatividade ao trazer uma negra e um asiático como casal principal, fugindo do padrão branco que sempre vemos nos romances hollywoodianos. Além disso, o roteiro também traz algumas críticas sociais, mesmo que sejam pouco aprofundadas, como a deportação de imigrantes, discussão que está em alta na política contra imigrantes do presidente dos Estados Unidos, e também faz uma pincelada no preconceito contra cabelos crespos e volumosos. O longa já ganha pontos nesse quesito, visto que representatividade é cada vez mais pedida em grandes produções. 


Para alguns, o clichê e alguns momentos questionáveis do roteiro podem atrapalhar um pouco e não agradar aqueles que preferem romances menos fabuloso. Mas para quem não liga para isso, é um filme leve, com uma pegada diferente para o destino de duas pessoas, colocando ciência versus amor. Porém, senti falta de algo para deixar o romance mais marcante, pois o longa é facilmente esquecível. Entretanto, vale tirar uma mensagem com a história de Natasha e Daniel, de que tudo acontece como tem que acontecer, seja por obra do destino, seja por nossa força de vontade de fazer acontecer. É um filme bom, com seus lado positivos e alguns negativos e vale a pena assistir! 

Avaliação: 

                                                                                                                        Abraços,




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