terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Deixe a Neve Cair, de Maureen Johnson, John Green e Lauren Myracle

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   Oulá!!!! Que saudade de vocês, quanto tempo! Aulas de faculdade são sempre ocupadoras de nosso tempo, final de semestre então! Nem se fala! Mas as férias finalmente chegaram e, com isso, posts, resenhas e tudo o mais que puder aqui no blog! E nesse Natal, não poderia faltar um livro temático! Embora seja um pouquinho "velho", nunca o li e, como ganhei de aniversário esse ano, resolvi guardar para esse final de ano e resenhar para vocês. Acompanham-me? 

   Um conjunto de três contos que se interligam, Deixe a Neve Cair me conquistou. Sério. meu conto favorito foi o Expresso Jubileu, da Maureen. Por motivos de: Jubileu melhor personagem. Sem brincadeiras, ela acabou de conseguir uma situação imprevisível justamente na véspera do Natal e tem de viajar o país até a Flórida em um trem cheio de líderes de torcida intragáveis e Jeb, um cara desesperado pra falar com a namorada. Mas sua sorte é tão boa, que, não basta ela estar sozinha em um trem frio, a pior nevasca em 50 anos tem de acontecer logo naquela viagem. 
   Jubileu é a personagem mais legal dentre os três contos. Impulsiva, impaciente e apaixonada, ela é capaz de sair do trem no meio da nevasca atrás de um lugar mais quente (é óbvio que eu faria o mesmo né gente, por favor), uma Waffle House. Lá ela tenta ligar para o namorado, com quem estava completando um ano de namoro. Odeio o modo como ela lida com ele, que a trata com o maior descaso com desculpas do tipo: "vou ver o vizinho, que é obviamente mais importante do que minha namorada presa em uma nevasca no meio do nada. Te ligo depois, amor." E é nesse ponto que Stuart, um garoto que Jubileu conhece na Waffle House se torna o segundo melhor personagem do livro. 
   Os dois se completam. Ambos estão (estava, no caso dele) em um relacionamento de mão única: eles são os únicos que amam na relação. É por isso que eles se deram certo e viraram o ship do conto. Adorei a escrita da Maureen, devo dizer que é a melhor de todo o livro. Não é aquela narrativa afobada, corrida e cansativa. Seus personagens são ótimos, a mãe de Stuart me arrancou altas risadas. 

   John Green nos apresenta à Tobin, JP e Duke, apelido de Angie, em seu O Milagre da Torcida de Natal. Um trio de amigos que, em véspera de Natal estão fazendo uma maratona dos filmes do 007. Os pais de Tobin, especial e principalmente a mãe dele, são extremamente preocupados melados e ficam ligando todo o momento para ter notícias do filho, uma vez que ficaram presos em uma cidade e não conseguiram arranjar um voo em tempo. 
   Logo eles recebem a ligação de Keun, que trabalha na Waffle House (a mesma do conto anterior) chamando-os para irem até com um Twister por causa das líderes de torcida do trem de Jubileu. 
  Claramente desinteressada, Duke não vê muita importância em sair no meio de uma nevasca até Waffle House por causa de líderes de torcida. Através de chantagem alimentícia, os meninos acabam conseguindo com que Duke concorde em ir. E a ida acaba se tornando uma corrida contra o tempo para conseguirem chegar antes dos amigos de outros caras que também trabalham na lanchonete. 
   Os personagens de John Green são um show a parte, me atrevo a dizer. Duke/Angie quer ser vista como garota pelos amigos, que a tratam como um igual com comentários em que a chamam de gay por achar Daniel Craig bonito. Mas o que os personagens enchem os olhos, a história deixa a desejar. Achei bem previsível, desde a primeira discussão entre Duke/Angie e Tobin acerca das líderes de torcida. Diferentemente do conto de Maureen, que eu ansiava pelo final, o do John já sabia o final nas primeiras páginas. Menos pontos, John. 
   
   Lauren Myracle ficou com a função de fechar o livro. E que personagem mais sem graça ela trouxe. Não consegui gostar de Addie, ou Adeline, nem por um segundo. Namorada de Jeb, a garota é extremamente egoísta dos fios do cabelo recém cortada e tingido de rosa até os dedos do pé. Sério. Ela, sem moral nenhuma, fica cobrando gestos do namorado para ele demonstrar o amor que sente por ele. Enquanto, em um aniversário de namoro, Addie dá um presente "digno" a ele, e Jeb acaba esquecendo, a garota pede pra ele dar um à ela. Mas, ao invés de gastar muito dinheiro, ele prefere gastar algumas moedas para ela ter um colar específico da máquina de uma conveniência. E ela reclama de não ter custado muito. 
   Addie fica comparada seu namoro com grandes romances de cinema, cobrando gestos grandiosos de Jeb. Egoísta, como podem ver. E, em uma festa, ela chega ao limite de ser egoísta com um toque de sem coração com o garoto. deveria ter ficado sozinha
   Suas amigas, Tegan e Dorrie, são as melhores. Enquanto a primeira fica com o lado cômico, a outra se encarrega de ser a âncora realista da protagonista, chegando a bater de frente com Addie. Nesse Natal, Tegan ganhou um mini porco das amigas que vai ser entregue em um pet shop e Addie precisa pegá-lo. Vou salvar a pele dela e dizer que, realmente, a sorte da garota não estava a favor dela naquele dia. 
   Com o clássico clichê de um personagem que tenta mudar sua personalidade durante a história,o conto de Lauren foi o que menos gostei. Apesar das risadas que dei com Tegan, achei a trama bem fraquinha, mesmo com o trocadilho que a autora dá com Gabriel. 
   Um final digno de novela, em que todos os personagens se encontram, eu gostei do livro em geral. O encontro de todos no Starbucks da cidade é bem engraçado, apesar dos furos em certos romances ioiô. Recomendado! 
3,5 nesse caso rs! 


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