quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Mentes Sombrias | CRÍTICA

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Nesta quinta-feria, 16 de Agosto, chega aos cinemas mais uma adaptação literária, "Mentes Sombrias" ganha sua vez nas telonas com Amandla Stenberg no papel protagonista. Temos aqui um grupo de jovens em uma formula já conhecida por nós, eles vivem em um mundo apocalíptico e precisam lutar por suas vidas. 


Nesse mundo apocalíptico, uma pandemia mata a maioria das crianças e adolescentes e as que sobreviveram desenvolveram habilidades sobrenaturais. Sendo consideradas perigosas e uma ameça e acabam sendo detidas pelo governo em grandes campos de concentração e lá são dividas em cores: verde, azul, amarelo, laranja e vermelho sendo os laranjas e vermelhos os mais perigosos. Ruby, uma das crianças detidas e uma das jovens mais poderosas consegue escapar de seu acampamento e acaba se juntando a outros jovens fugitivos, formado por Liam, Charles/Bolota e Zu em busca de um refúgio seguro para todos. 

O enredo do filme é bem bacana e mostra um grande potencial, porém o inicio do filme é um pouco apressado, uma urgência para apresentar o cenário e as consequências do apocalipse que levou o mundo de hoje para o que é apresentado no filme. Essa urgência em expor todos esses fatores acaba afetando alguns personagens que ficam com pouca exploração, o antagonista da trama pode ser visto como um exemplo disso, pois ele acaba sendo um personagem flat demais e não tem um aprofundamento em qual é sua motivação e algo que justifique suas ações.



Ruby é a personagem mais desenvolvida no longa e vemos seu amadurecimento desde quando apareceu pela primeira vez como uma garotinha inocente e ingênua. Já em relação aos amigos da protagonista, caímos aqui nos estereótipos que já conhecemos: Liam é o galã de cabelos loiros e líder do grupo, Zu é adorável do grupo, quieta e dependente e Charles o inteligente e um pouco mais isolado. Ao contrário de Ruby, esses três personagens não são aprofundados de uma maneira que possamos nos conectar mais e conhecer um pouco mais do background de cada um. 

Mesmo com situações e personagens um pouco previsíveis demais, a premissa do roteiro e enredo é bem interessante e você logo identifica algumas referências no filme, como os famosos X-men, a famosa trilogia Jogos Vorazes e até mesmo Divergente. E é aí que a produção peca um pouco, ao não trazer uma inovação para esse gênero e nos apresenta mais um filme ambientado nesse mesmo modelo que tanto conhecemos. 

Apesar de um aparente clichê e cair na mesmice de outros filmes do gênero, o longa traz algumas críticas sociais e reflexões que devemos fazer. Uma importante mensagem que o filme traz e que falo para vocês agora é a de se aceitar do jeito que é e não ter vergonha de você. E mesmo com elementos de outras franquias famosas o filme termina com um cliffhanger que nos mantem atentos para uma possível continuação e uma esperança de mais desenvolvimento de alguns personagens e trazer alguma inovação para esse mundo de adaptações literários, pois potencial a história tem de sobra. É um filme legal de assistir, não enjoa e mesmo com clichês e algumas falhas o longa consegue não ser cansativo e te prende. 


Avaliação: 









Até mais,

1 comentários :

  1. Rapha, eu concordo MUITO com você: a história em si é bem bacana, mas não conseguiu ser explorada direito. Nas cenas do Fugitivo eu simplesmente não acreditava que as coisas aconteciam, porque não parecia ter qualquer razão pra tudo aquilo... Como não li o livro não sei se essa falha é da adaptação ou não, mas imagino que sim... E o final, super previsível, me fez pensar em quão ousado seria se não tivesse uma continuação, se o final fosse aquilo mesmo. Mas, né, mesmo se não fizerem um segundo filme, ela existe, fico curiosa como você pra saber se o desenvolvimento das personagens será maior, até mesmo de alguns adultos que apareceram tão pouco e já me deixaram super curiosa!

    sweetluly.expressorosa.com

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