quarta-feira, 15 de junho de 2016

Como eu era antes de você - Crítica

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   Bom diaaa a todo mundo!!! Como vão? Essa quinta, dia 16, estreia a adaptação de "Como eu era antes de você" com Emilia Clarke e Sam Claflin, já dissemos neste post. E ontem pudemos conferir uma special screening do filme aqui em BH e hoje contamos tudo pra vocês!!! Vamos lá então. 

   Devo começar essa crítica dizendo que fui assistir ao filme sem saber quase nada da história a não ser a sinopse. Não li o livro antes e também assisti a pouco material de divulgação do filme, apenas o trailer genérico que passava em outra sessões de cinema (aquele com a música do Ed Sheeran, que só há poucas cenas do filme). Acabei me surpreendendo, não era nada do que eu esperava. 

   Logo no início do filme eu fiquei com o seguinte pensamento na cabeça: "mais um filme clichê, com plot previsível e final igual a todos os outros". E muitas outras vezes a comparação com diversos filmes também perpetuou, um em especial ("You're Not You" com a Emmy Rossum e a Hilary Swank) ficou em constância durante todo o filme. Mas como disse, fui surpreendido. 

   O final é, sim, previsível. Não tem como negar, mas o caminho até ele é totalmente maravilhoso e único de acompanhar. O filme começa com um pequeno vislumbre da vida de Will Traynor (Claflin) antes do acidente, pequeno mesmo porque são meros minutos antes de mudar todo o rumo da história. Nesses minutos, o roteiro dá dicas inocentes do que está por vir, um foreshadowing simples, como ele fazendo menção de pegar um capacete de moto para sair de casa. Tem outro também, mas esse vocês tem de ir conferir. Então somos apresentados à Louisa Clark (Clarke), uma jovem que trabalha em um pequeno café para ajudar a família e possui uma vida simples e modesta. 

   Com o café fechando, ela precisa de outro emprego e então consegue ser empregada pela mãe de Will. Emilia está simplesmente perfeita no papel. A atriz conseguiu captar a essência da personagem e transmiti-la para além do figurino exótico de Louisa. Sua atuação está fantástica e, como é o primeiro trabalho que assisto, não atrelei nenhum outro personagem à sua imagem. Sam também entrega uma performance estonteante como o jovem amargurado, sendo o primeiro encontro dos dois uma cena que rendeu muitas risadas na sessão. 

   A partir daí, o filme vai traçando seu próprio caminho. Antes, só preparou o terreno para o que viria. As roupas de Louisa recebem bastante enfoco na montagem, tanto para nos apresentar à personalidade dela como para representar a passagem de tempo no filme. Até que certo ponto da história ela passa a vestir mais roupas com tons sóbrios e lisas, e encontrar um equilíbrio no final. 
 
   
















    
   O filme também nos agrada com bastante detalhes pequeninos no cotidiano dos dois, como uma sequência das mãos de Louisa passando as páginas da pasta dos remédios controlado de Will para ajudá-lo em uma crise ou das conversas de Louisa e sua irmã Katrina (Jenna Coleman). Esses planos acrescentam uma leveza e simplicidade à narrativa que quebram com o tom do drama constante vivido por eles, como também é o papel das sequência na viagem. 

   As várias piadas e diálogos entre Louisa e Will também quebram com o drama, mas são uma coisa à parte. O relacionamento dos dois começa devagar, ela tentado descobrir alguma forma de animá-lo e ele relutante em deixá-la fazer qualquer coisa. Mas a partir do momento em que os dois se entendem, são só sorrisos e gargalhadas, o que ajuda o espectador a simpatizar e entrar na história dos personagens. Não tem ninguém que não fique angustiado com Louisa em certo ponto, ou quem não entenda os motivos de Will. Neste aspecto o roteiro de Jojo Moyes, Scott Neustadter e Michael H. Weber obteve sucesso absoluto. 


   "Como eu era antes de você" é clichê e previsível, mas tem sua receita misturada e mixada de maneira única e particular, bem feita para dizer o mínimo. Não é aquele filme água com açúcar, mas também não é o tipo de filme coração de pedra. Ele apresenta suas falhas, sua previsibilidade e narrativa de maneira natural e espontânea de modo a induzir o espectador a se envolver com o que está assistindo (foram várias as fungadas de choro ao final do filme). Não é todo filme que ao mesmo tempo que é previsível, apresenta esse fator ao seu favor. Recomendo! 





1 comentários :

  1. Eu costumo defender o clichê porque se é tão corriqueiro significa que deu certo, né? Mas gosto muito disso, da história que poderia ser como qualquer outra e contada a qualquer momento, mas que tem o seu "tchan" que faz valer a pena. Não li esse livro ainda, mas muita gente fala super bem, fico meio curiosa...
    http://sweetluly.expressorosa.com/

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