terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Você Shippa?

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Oi gente! Tem anos que não passo por aqui, né? Nesse último semestre eu fiquei muito apertado na faculdade e não tinha tempo para mais nada. quase não li esse ano. Já estou de férias há uns dias, mas ocupei minha folga assistindo algumas séries hehehe. Bom, nos últimos dias me encontrei em uma situação que nuca havia me ocorrido e acabou me dando ideia para este post, pode ser um pouco polêmico para alguns.

Resolvi assistir uma série bem famosa (Arrow) e me encantei, assisti as três temporadas no Netflix e a quarta online, mas eu não sabia que meu sofrimento e angústia estava só começando. Não conseguia mais parar de assistir, era um episódio atrás do outro o dia inteiro, não fazia mais nada. Consequentemente quando isso acontece nós começamos a torcer para os personagens, vibrar com eles e até começamos a shippar nossos casais favoritos, certo?

Sempre shippei alguns personagens, torcia para rolar algum romance entre eles e as vezes, só amizade. Acho que todo mundo shippa, uns mais que os outros, estamos sempre na torcida para os favoritos, mas achava algumas reações que as pessoas tinham exageradas demais: choram quando se beijam, gritam quando eles sorriem um para o outro, descabelam quando se separam e desesperam quando alguém do casal morre. Já presenciei algumas dessas cenas e ria da pessoa chorando por um personagem, nunca cheguei a esse ponto quando meu casal favorito se separou ou não ficou junto no final, quando algum deles morreu, etc. No máximo ficava triste.

Bom, estou provando do meu próprio veneno agora, comentei ali em cima que aconteceu algo que nunca havia acontecido comigo, encontrei em Arrow meu OTP (One True Paring = único casal verdadeiro), para os curiosos Felicity Smoak e Oliver Queen. Na midseason finale, algo trágico ocorre com o casal, quando a cena trágica começou, previ que algo ruim iria acontecer e foi aí que meu desespero aumentou e comecei a chorar, já no final do episódio estava chorando descontrolavelmente como se alguém da família tivesse morrido. Como se não bastasse, passei o resto do dia chorando sem parar com tal acontecimento. E o pior é a agonia de ter que esperar até janeiro para assistir o que vai acontecer! É castigo suficiente para alguém que julgava e achava esquisito, não acham?

Agora estou percebendo que esse negócio de shippar é coisa séria e realmente mexe com a gente, como consequência disso tudo, não tenho série nenhuma para pôr em dia, nenhum interesse em começar outra e estou assistindo Arrow novamente. Além de mexer com nosso emocional de tal forma que não conseguimos entender, o shipp também pode acabar com amizades, que por shipparem casais diferentes, amigos acabam discutindo querendo provar porque tal casal dá mais certo do que outro ou até convencer o outro a shippar seu casal favorito.

O que mais acho interessante nesse universo dos shippers é a criatividade de juntar os nomes do casal, como por exemplo: Olicity para Oliver e Felicity, Delena para Damon e Elena, Harmony para Harry e Hermione, Stelena para Stefan a Elena, Romione para Ron e Hermione, etc. Tudo bem que alguns casais nem são cogitados para ficarem junto, mas para isso que shippamos né?

Os shippers podem ser tão poderosos que as vezes alguns casais, que antes eram impossíveis, acabaram se tornando realidade nas séries de TV com o sucesso que fazem entre os fãs. Como é o caso de Oliver e Felicity, que começaram a série com nenhum envolvimento romântico e tinham zero chances de formarem um casal, mas por sorte do destino, a química dos atores deu certo e fez tanto sucesso entre os fãs que na terceira temporada ficaram juntos pela primeira vez. Foi uma mudança que, para mim, deu super certo, uma vez que nos quadrinhos do Arqueiro seu par romântico é Laurel Lance/Canário Negro, mas na série não funcionou e ele acabou ficando com a Felicity.

Meu conselho depois desse textão: você é livre para shippar quem quiser, mas respeite o coleguinha. Mas caso você não shippa ninguém, não zombe do próximo, porque seu dia ainda vai chegar, assim como o meu chegou, você ainda vai chorar na frente da televisão/computador torcendo para o seu casal favorito. Não tenha preconceitos! É normal, o que não seria normal é se não torcêssemos para o amor!













                                                                                                                                   Abraços,










P.S: Ainda depois de ter terminado Arrow aos prantos, assisti alguns videos com momentos fofos Olicity e chorei mais ainda.


P.S2: Não necessariamente eu shippo os casais das fotos ilustrativas do post, ok? 
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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Naomi & Ely e A Lista do Não-Beijo de David Levithan e Rachel Cohn

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 Oulá, pessoas! Tudo perfeito com vocês? As férias estão me fazendo bem, disso tenho mais do que certeza. Como a sensação de passar o dia deitado na cama, lendo um livro ótimo sem sem incomodado por ninguém, depois de muita correria e estresse do ano todo, não é mesmo? E não foi diferente com a obra do David e da Rachel, na verdade, foi exatamente o que aconteceu rs. Acompanham-me? 

 
 Naomi & Ely são amigos desde sempre. Desde sempre mesmo, pra ser honesto. São conhecido como um sendo a parte do outro, inseparáveis. Mas, como toda amizade clichê, Naomi é apaixonada por Ely, daquele tipo romântico mesmo. Porém, como nada nessa vida é bolha e sabão, Ely prefere... garotos. 

   Eles vivem no mesmo prédio, no mesmo andar, no mesmo corredor; são vizinhos de porta. Possuem meio que um santuário no alto da escada e criaram A Lista do Não-Beijo, uma compilação de caras que ambos são proibidos de beijar. Desde colegas de ensino médio ao novo porteiro do prédio, Gabriel, Naomi e Ely concordam que aqueles caras são completa e totalmente não-beijáveis. 

   Naomi namora Bruce, o Segundo (porque também tem Bruce, o Primeiro), e possui Robin como amiga e colega de classe, mas também conhece Robin, um menino que gosta da... Robin. Ela é tida como a linda e perfeita, detona corações Naomi. Já Ely é sua outra metade, digamos assim, mais vivida. E os dois andam perfeitamente bem com suas vidas juntos, até que se apaixonam pelo mesmo cara. 

   Combatendo problemas pessoais, vida acadêmica, o futuro e todos os dilemas de um recém-formado do ensino médio, Naomi e Ely vão acabar descobrindo que existe algo mais importante na vida do que uma briga sem cabimento, ainda mais por cima uma briga relacionada a um cara. 

   Sabe aquele livro que bate na sua porta, como quem não quer nada, mas não te deixa sair da cama quando o deixa entrar? Foi assim comigo. Entre uma pausa dos contos de Nárnia, resolvi pegar o livro antes de assistir ao filme, e quanto mais eu lia, parecia que não acabava (de um jeito ótimo, diga-se de passagem). A narrativa dos autores é inteiramente fluida, o leitor nem percebe que está virando páginas atrás de página até não ter mais uma para virar. 

   A linguagem de David e Rachel ajuda, e bastante, nesse quesito. Não é aquela narrativa maçante, demorada e cheia de rodeio. É direta, jovem, atual (podemos perceber pelos símbolos usados nas partes narradas por Naomi), e cativante. Os personagens... 

   Não gostei de Naomi. O fato dela cobrar, mesmo apenas para si, o amor de Ely o tempo todo e ficar brava internamente por ele beijar meninos, não caiu pra mim. Achei enjoativo e uma desculpa para criar um triângulo (?) amoroso entre os personagens. No filme, estrelado por Victoria Justice e Pierson Fodé, a personagem me irritou ainda mais. Mas, por outro lado, gostei de Ely. Ele é autêntico e seguro de si, e não é como Naomi. 

   O livro é narrado pelos diferente personagens da trama: Naomi, Ely, Gabriel (pra mim os capítulos mais chatos), Robin e Robin, Bruce, o Segundo... O que tornou mais dinâmico e natural a compreensão de como suas vidas são afetadas pela situação, além de podermos conhecê-los melhor. 

 

Passando para o filme agora... Achei a adaptação bastante fiel ao livro, me vi lendo novamente, dessa vez com as imagens. Mesmo com todas as mudanças que são necessárias em toda adaptação, o resultado foi satisfatório. Pelo fato de eu ter assistido assim que terminei minha leitura, pude notar alguns pontinhos diferentes, que normalmente notaria se pegasse o livro novamente, no caso de ter lido um tempo antes de assistir. 

   Alguns personagens passaram por mudanças do livro para a tela, como Bruce, o Segundo, que ficou uma mistura de Bruce e Robin-menino do livro. Acho que o personagens que mais sofreu alterações foi, de fato, Robin-menino; no livro ele é traficante de drogas e apaixonado por filmes, cargo que ficou para Bruce, o Segundo nas telas, ao contrário do livro em que é estudante de economia. 


    As ordens de alguns acontecimento também sofreram alteração, assim como diálogos e ocupações dos personagens. O que foi uma mudança sutil e agradável, não afetou em nada o caminhar da história. Muitas frases marcantes e essenciais do livro aparecem no decorrer do filme, o que aumentou mais a minha sensação de estar lendo o livro em movimento. 

    No geral, recomendo ambos, tanto filme como livro. São ótimos para quem curte o gênero e perfeitos também para descobrir o real significado de amizade e auto-descoberta. No fim, aguardo vocês no próximo post! Até. 





Nota: 3,8. 


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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Deixe a Neve Cair, de Maureen Johnson, John Green e Lauren Myracle

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   Oulá!!!! Que saudade de vocês, quanto tempo! Aulas de faculdade são sempre ocupadoras de nosso tempo, final de semestre então! Nem se fala! Mas as férias finalmente chegaram e, com isso, posts, resenhas e tudo o mais que puder aqui no blog! E nesse Natal, não poderia faltar um livro temático! Embora seja um pouquinho "velho", nunca o li e, como ganhei de aniversário esse ano, resolvi guardar para esse final de ano e resenhar para vocês. Acompanham-me? 

   Um conjunto de três contos que se interligam, Deixe a Neve Cair me conquistou. Sério. meu conto favorito foi o Expresso Jubileu, da Maureen. Por motivos de: Jubileu melhor personagem. Sem brincadeiras, ela acabou de conseguir uma situação imprevisível justamente na véspera do Natal e tem de viajar o país até a Flórida em um trem cheio de líderes de torcida intragáveis e Jeb, um cara desesperado pra falar com a namorada. Mas sua sorte é tão boa, que, não basta ela estar sozinha em um trem frio, a pior nevasca em 50 anos tem de acontecer logo naquela viagem. 
   Jubileu é a personagem mais legal dentre os três contos. Impulsiva, impaciente e apaixonada, ela é capaz de sair do trem no meio da nevasca atrás de um lugar mais quente (é óbvio que eu faria o mesmo né gente, por favor), uma Waffle House. Lá ela tenta ligar para o namorado, com quem estava completando um ano de namoro. Odeio o modo como ela lida com ele, que a trata com o maior descaso com desculpas do tipo: "vou ver o vizinho, que é obviamente mais importante do que minha namorada presa em uma nevasca no meio do nada. Te ligo depois, amor." E é nesse ponto que Stuart, um garoto que Jubileu conhece na Waffle House se torna o segundo melhor personagem do livro. 
   Os dois se completam. Ambos estão (estava, no caso dele) em um relacionamento de mão única: eles são os únicos que amam na relação. É por isso que eles se deram certo e viraram o ship do conto. Adorei a escrita da Maureen, devo dizer que é a melhor de todo o livro. Não é aquela narrativa afobada, corrida e cansativa. Seus personagens são ótimos, a mãe de Stuart me arrancou altas risadas. 

   John Green nos apresenta à Tobin, JP e Duke, apelido de Angie, em seu O Milagre da Torcida de Natal. Um trio de amigos que, em véspera de Natal estão fazendo uma maratona dos filmes do 007. Os pais de Tobin, especial e principalmente a mãe dele, são extremamente preocupados melados e ficam ligando todo o momento para ter notícias do filho, uma vez que ficaram presos em uma cidade e não conseguiram arranjar um voo em tempo. 
   Logo eles recebem a ligação de Keun, que trabalha na Waffle House (a mesma do conto anterior) chamando-os para irem até com um Twister por causa das líderes de torcida do trem de Jubileu. 
  Claramente desinteressada, Duke não vê muita importância em sair no meio de uma nevasca até Waffle House por causa de líderes de torcida. Através de chantagem alimentícia, os meninos acabam conseguindo com que Duke concorde em ir. E a ida acaba se tornando uma corrida contra o tempo para conseguirem chegar antes dos amigos de outros caras que também trabalham na lanchonete. 
   Os personagens de John Green são um show a parte, me atrevo a dizer. Duke/Angie quer ser vista como garota pelos amigos, que a tratam como um igual com comentários em que a chamam de gay por achar Daniel Craig bonito. Mas o que os personagens enchem os olhos, a história deixa a desejar. Achei bem previsível, desde a primeira discussão entre Duke/Angie e Tobin acerca das líderes de torcida. Diferentemente do conto de Maureen, que eu ansiava pelo final, o do John já sabia o final nas primeiras páginas. Menos pontos, John. 
   
   Lauren Myracle ficou com a função de fechar o livro. E que personagem mais sem graça ela trouxe. Não consegui gostar de Addie, ou Adeline, nem por um segundo. Namorada de Jeb, a garota é extremamente egoísta dos fios do cabelo recém cortada e tingido de rosa até os dedos do pé. Sério. Ela, sem moral nenhuma, fica cobrando gestos do namorado para ele demonstrar o amor que sente por ele. Enquanto, em um aniversário de namoro, Addie dá um presente "digno" a ele, e Jeb acaba esquecendo, a garota pede pra ele dar um à ela. Mas, ao invés de gastar muito dinheiro, ele prefere gastar algumas moedas para ela ter um colar específico da máquina de uma conveniência. E ela reclama de não ter custado muito. 
   Addie fica comparada seu namoro com grandes romances de cinema, cobrando gestos grandiosos de Jeb. Egoísta, como podem ver. E, em uma festa, ela chega ao limite de ser egoísta com um toque de sem coração com o garoto. deveria ter ficado sozinha
   Suas amigas, Tegan e Dorrie, são as melhores. Enquanto a primeira fica com o lado cômico, a outra se encarrega de ser a âncora realista da protagonista, chegando a bater de frente com Addie. Nesse Natal, Tegan ganhou um mini porco das amigas que vai ser entregue em um pet shop e Addie precisa pegá-lo. Vou salvar a pele dela e dizer que, realmente, a sorte da garota não estava a favor dela naquele dia. 
   Com o clássico clichê de um personagem que tenta mudar sua personalidade durante a história,o conto de Lauren foi o que menos gostei. Apesar das risadas que dei com Tegan, achei a trama bem fraquinha, mesmo com o trocadilho que a autora dá com Gabriel. 
   Um final digno de novela, em que todos os personagens se encontram, eu gostei do livro em geral. O encontro de todos no Starbucks da cidade é bem engraçado, apesar dos furos em certos romances ioiô. Recomendado! 
3,5 nesse caso rs! 


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