quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Animais Fantásticos e Onde Habitam | Crítica

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   Olá você aí!!! Hoje vim falar de um assunto sério, como você pode muito bem ver no título do post. SIM! A volta do Universo Mágico de Harry Potter aos cinemas, finalmente!! Nós fomos na pré estreia pela Espaço Z e conferimos em primeira mão o filme que inicia à nova Era. A trilogia que agora virou uma série de cinco filmes, nos apresenta um mundo novo mas que no fundo é muito familiar a quem acompanhou o bruxinho ao longo dos anos. Confira nossa crítica! 


 Newt Scamander é um inglês recém-chegado à Nova York, carregando uma pequena maleta contendo as mais variadas espécies de animais fantásticos. Um excepcional magizoologista, Newt se depara com a comunidade bruxa norte-americana, que se reguarda bastante em relação à exposição aos trouxas (nos Estados Unidos, porém, são chamados de no maj) ainda mais com os crescentes ataques de Grindelwald por toda Europa. 

   Logo quando chega no novo continente, Newt se vê no meio de uma missão: algumas de suas criaturas conseguiu escapar da maleta e andam livremente por Nova York. Ao lado do no maj Jacob e das irmãs bruxas Porpentina e Queenie, Newt sai pela cidade atrás das fantásticas espécies ao mesmo tempo em que o MACUSA (Congresso Mágico dos Estados Unidos da América) tenta apartar o conhecimento trouxa sobre a comunidade mágica.  

   O filme já começa aos moldes de Harry Potter: jornais mágicos de todas as formas noticiando as novidades bruxas, desde os ataques de Grindelwald até a proibição americana de portar animais fantásticos. Os fãs podem sentir o mesmo gostinho que sentíamos até 2011 já na abertura de Animais Fantásticos também, com uma cena digna do Universo Bruxo. E então partimos para conhecer Newt. 

   Um pouco excêntrico, nós já conhecemos Newt do jeito que ele é visto pelos outros (e até mesmo na escola como sabemos depois): ele é um outcast , aquele que não se encaixa muito bem em grupos. Um fato que incomodou na apresentação do personagem foi o suspense bobinho que criaram em volta da maleta, como aquelas cenas que o espectador sabe do 'segredo' do protagonista mas outro personagem não. A cena serviu mesmo pra mostrar a utilidade da mala perante pessoas que não são mágicas, o que poderia ser feito de maneira bem mais elaborada. Algo também que poderiam ter desenvolvido melhor foi toda a situação da maleta no início do filme, em que dois personagens diferentes possuem maletas iguais e acabam trocando por engano. 


   Logo vemos também como a sociedade americana em geral lida com a situação bruxa, algo até então que não víamos em Harry Potter. Pessoas no maj protestando contra a existência bruxa, distribuindo panfletos e até doutrinando crianças a um pensamento anti-bruxo. Esse fato está presente durante quase toda a trama e ainda ajuda a ambientar o espectador em um 'mundo' novo, uma vez que vemos pela primeira vez o impacto bruxo numa sociedade dita como "normal". O núcleo anti-bruxo tem como nome Second Salemers, fazendo referência ao Julgamento das Bruxas de Salem, e é liderado por Mary Lou. 

O filme tem bastante momentos descontraídos, grande parte deles envolvem o no maj Jacob e seu crescente envolvimento com Newt e as irmãs Goldstein e as criaturinhas adoráveis chamadas Pelúcio e Pickett.. O grupo principal corre contra o tempo e todos para encontrar os animais e tem uma cena com uma barata e um bule de chá memorável, dou o mérito pela execução de toda a sequencia. Ao mesmo de todos os feitos cinematográficos, a interação entre os personagens e cada papel que possuem na trama fica evidente também. 


   Os efeitos visuais do filme estão espetaculares, ainda mais na tela IMAX! Desde os feitiços com as varinhas até os visuais das criaturas, o interior da mala de Newt... Tudo feito meticulosamente para puxar o espectador pra dentro da tela mesmo nos momentos em que os efeitos pareciam mal executados. O que mais chama a atenção, no entanto é o aspecto de épico que trouxeram ao filme. Não estamos mais acompanhado adolescentes na escola, mas sim adultos já formados e com carreiras sólidas no Mundo Bruxo. Alguns dos feitiços já não são nem mais pronunciados, talvez por levarem em conta a familiaridade que os fãs possuem ou pra mostrar mesmo a posição social dos personagens. Além de vermos constantemente o uso da aparatação, que só foi propriamente apresentado no sexto filme da série, os personagens já são mais maduros e dominam melhor uso de magia. 

   A trama do filme é toda bem construída, tendo ótimas variações tonais e uma evolução gradativa para seu clímax. O fato de ser a estreia de J. K. Rowling como roteirista é mero acaso, todo mundo sabe que essa mulher escreve muito bem!! Seus personagens são muito bem construídos e a atuação não deixa a desejar: Ezra Miller está um absurdo como Credence, filho adotivo de Mary Lou; Colin Farrell convence muito como Percival Graves, o braço direito do presidente do MACUSA; Katherine Waterston traz um tom sublime, leve e ao mesmo tempo forte para Tina Goldstein. Eddie Redmayne interpreta um Newt meio fechado com o coração grande. 


   Animais Fantásticos ainda entrega diversas referências ao Universo Harry Potter, como uma breve citação da escola de magia americana Ilvermorny, o próprio Newt diz muito sobre Hogwarts. Além de Grindelwald, outro personagem bastante conhecido é citado: Alvo Dumbledore aparece como um defensor e admirador de Newt em Hogwarts numa fala de Graves.

   Poderia fazer um post gigantesco só sobre o filme, mas já não sei mais sobre o que dizer sem entrar nas emoções. Posso, no entanto, confirmar com todas as letras que Animais Fantásticos e Onde Habitam retorna, sim, com todos os sentimentos de quem é fã e acompanhou a saga de Harry Potter ao longo dos anos. Emociona, diverte, faz o espectador ter um pouco de nostalgia... E tudo vale a pena de novo, sem tirar nem por! ASSISTAM QUANTAS VEZES O DINHEIRO DEIXAR

***esse post também se encontra no site FITA K7, no qual também escrevo posts***


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