domingo, 11 de dezembro de 2016

CRITICA | O Vendedor de Sonhos

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Adaptação do livro de Augusto Cury, O Vendedor de Sonhos, estreou nos cinemas na última quinta-feira (8), dirigido por Jayme Monjardim e estrelado pelos atores Dan Stulbach, César Troncoso e Thiago Mendonça. Vamos acompanhar a história de Julio César (Stulbach), um psicologo renomado que está decepcionado com a vida e tenta o suicido, mas é impedido de cometer tal ato por um mendigo, conhecido como Mestre (Troncoso). Uma amizade cresce entre a dupla e passam a tentar salvar pessoas ao apresentar um novo caminho para se viver.


Todos sabem que os livros de Cury seguem uma linha de auto-ajuda, autoconhecimento e principalmente, são reflexivos. Então podemos dizer que o grande protagonista da história são os diálogos entre os personagens, já que é inteiramente estruturados com frases de efeito a todo instante, a prioridade é abrir espaço para que o discurso ganhe destaque. Mas, também podemos citar algumas partes que não se encaixam, que estão ali para preencher tempo de tela.



Um ponto positivo do filme é a fotografia presente que, além de estar impressionante, mostra o contraste do luxo e da pobreza da cidade de São Paulo de um jeito muito bem pensado, tendo um papel importante para impulsionar a narrativa do longa. A trilha sonora também encaixa perfeitamente na história, sendo que em algumas cenas ela apareça para tirar algumas lágrimas dos espectadores.

Em relação ao elenco, podemos dizer que o ator César Troncoso rouba a cena como o Mestre, ele consegue emocionar com a palavras que saem de sua boca, que parecem que é ele quem realmente está dizendo e não um roteiro sendo seguido. Já o personagem de Dan Stulbach não cativa muito quem está assistindo, mas tem sua importância dentro da história, apesar de que depois de tentar suicidar não tenha outra cena grandiosa.

A narrativa da história acontece em duas partes, o passado e o presente. É um filme que se propôs a colocar em imagens o discurso de Augusto Cury. Os discursos do Vendedor de Sonhos com certeza irá tocar o espectador, nos fazendo refletir e pensar nas nossas ações e na vida que cada um leva e é impossível não se identificar. Esse é um filme que faz você sair da sala do cinema querendo ser uma pessoas melhor e querer fazer mais.







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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Animais Fantásticos e Onde Habitam | Crítica

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   Olá você aí!!! Hoje vim falar de um assunto sério, como você pode muito bem ver no título do post. SIM! A volta do Universo Mágico de Harry Potter aos cinemas, finalmente!! Nós fomos na pré estreia pela Espaço Z e conferimos em primeira mão o filme que inicia à nova Era. A trilogia que agora virou uma série de cinco filmes, nos apresenta um mundo novo mas que no fundo é muito familiar a quem acompanhou o bruxinho ao longo dos anos. Confira nossa crítica! 


 Newt Scamander é um inglês recém-chegado à Nova York, carregando uma pequena maleta contendo as mais variadas espécies de animais fantásticos. Um excepcional magizoologista, Newt se depara com a comunidade bruxa norte-americana, que se reguarda bastante em relação à exposição aos trouxas (nos Estados Unidos, porém, são chamados de no maj) ainda mais com os crescentes ataques de Grindelwald por toda Europa. 

   Logo quando chega no novo continente, Newt se vê no meio de uma missão: algumas de suas criaturas conseguiu escapar da maleta e andam livremente por Nova York. Ao lado do no maj Jacob e das irmãs bruxas Porpentina e Queenie, Newt sai pela cidade atrás das fantásticas espécies ao mesmo tempo em que o MACUSA (Congresso Mágico dos Estados Unidos da América) tenta apartar o conhecimento trouxa sobre a comunidade mágica.  

   O filme já começa aos moldes de Harry Potter: jornais mágicos de todas as formas noticiando as novidades bruxas, desde os ataques de Grindelwald até a proibição americana de portar animais fantásticos. Os fãs podem sentir o mesmo gostinho que sentíamos até 2011 já na abertura de Animais Fantásticos também, com uma cena digna do Universo Bruxo. E então partimos para conhecer Newt. 

   Um pouco excêntrico, nós já conhecemos Newt do jeito que ele é visto pelos outros (e até mesmo na escola como sabemos depois): ele é um outcast , aquele que não se encaixa muito bem em grupos. Um fato que incomodou na apresentação do personagem foi o suspense bobinho que criaram em volta da maleta, como aquelas cenas que o espectador sabe do 'segredo' do protagonista mas outro personagem não. A cena serviu mesmo pra mostrar a utilidade da mala perante pessoas que não são mágicas, o que poderia ser feito de maneira bem mais elaborada. Algo também que poderiam ter desenvolvido melhor foi toda a situação da maleta no início do filme, em que dois personagens diferentes possuem maletas iguais e acabam trocando por engano. 


   Logo vemos também como a sociedade americana em geral lida com a situação bruxa, algo até então que não víamos em Harry Potter. Pessoas no maj protestando contra a existência bruxa, distribuindo panfletos e até doutrinando crianças a um pensamento anti-bruxo. Esse fato está presente durante quase toda a trama e ainda ajuda a ambientar o espectador em um 'mundo' novo, uma vez que vemos pela primeira vez o impacto bruxo numa sociedade dita como "normal". O núcleo anti-bruxo tem como nome Second Salemers, fazendo referência ao Julgamento das Bruxas de Salem, e é liderado por Mary Lou. 

O filme tem bastante momentos descontraídos, grande parte deles envolvem o no maj Jacob e seu crescente envolvimento com Newt e as irmãs Goldstein e as criaturinhas adoráveis chamadas Pelúcio e Pickett.. O grupo principal corre contra o tempo e todos para encontrar os animais e tem uma cena com uma barata e um bule de chá memorável, dou o mérito pela execução de toda a sequencia. Ao mesmo de todos os feitos cinematográficos, a interação entre os personagens e cada papel que possuem na trama fica evidente também. 


   Os efeitos visuais do filme estão espetaculares, ainda mais na tela IMAX! Desde os feitiços com as varinhas até os visuais das criaturas, o interior da mala de Newt... Tudo feito meticulosamente para puxar o espectador pra dentro da tela mesmo nos momentos em que os efeitos pareciam mal executados. O que mais chama a atenção, no entanto é o aspecto de épico que trouxeram ao filme. Não estamos mais acompanhado adolescentes na escola, mas sim adultos já formados e com carreiras sólidas no Mundo Bruxo. Alguns dos feitiços já não são nem mais pronunciados, talvez por levarem em conta a familiaridade que os fãs possuem ou pra mostrar mesmo a posição social dos personagens. Além de vermos constantemente o uso da aparatação, que só foi propriamente apresentado no sexto filme da série, os personagens já são mais maduros e dominam melhor uso de magia. 

   A trama do filme é toda bem construída, tendo ótimas variações tonais e uma evolução gradativa para seu clímax. O fato de ser a estreia de J. K. Rowling como roteirista é mero acaso, todo mundo sabe que essa mulher escreve muito bem!! Seus personagens são muito bem construídos e a atuação não deixa a desejar: Ezra Miller está um absurdo como Credence, filho adotivo de Mary Lou; Colin Farrell convence muito como Percival Graves, o braço direito do presidente do MACUSA; Katherine Waterston traz um tom sublime, leve e ao mesmo tempo forte para Tina Goldstein. Eddie Redmayne interpreta um Newt meio fechado com o coração grande. 


   Animais Fantásticos ainda entrega diversas referências ao Universo Harry Potter, como uma breve citação da escola de magia americana Ilvermorny, o próprio Newt diz muito sobre Hogwarts. Além de Grindelwald, outro personagem bastante conhecido é citado: Alvo Dumbledore aparece como um defensor e admirador de Newt em Hogwarts numa fala de Graves.

   Poderia fazer um post gigantesco só sobre o filme, mas já não sei mais sobre o que dizer sem entrar nas emoções. Posso, no entanto, confirmar com todas as letras que Animais Fantásticos e Onde Habitam retorna, sim, com todos os sentimentos de quem é fã e acompanhou a saga de Harry Potter ao longo dos anos. Emociona, diverte, faz o espectador ter um pouco de nostalgia... E tudo vale a pena de novo, sem tirar nem por! ASSISTAM QUANTAS VEZES O DINHEIRO DEIXAR

***esse post também se encontra no site FITA K7, no qual também escrevo posts***


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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Como eu era antes de você - de Jojo Moyes

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FICHA TÉCNICA:
Título: Como eu era antes de você
Autor: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
ISBN: 978-85-805-7329-9
Edição:
Número de páginas: 320
Ano:2013







Louisa Clark tem 26 anos leva uma vida comum e não possui muitas ambições. Ela mora em uma pequena casa com seus pais, sua irmã Katrina, seu sobrinho pequeno e seu avô, que precisa de cuidados redobrados depois de ter sofrido um derrame. Há sete anos ela mantem um relacionamento com Patrick, um triatleta que aparentemente só tem olhos para o esporte e para sua carreira do que para ela. Lou trabalha em um café há vários anos e adora o que faz, sabe que precisa do dinheiro para ajudar no sustento da família, mas seu chefe, Frank, resolve fechar o estabelecimento e por consequência Louisa perde o emprego que teve por tanto tempo.

Com Lou desempregada, sua família começa a ficar preocupada de que seu pai também perca o emprego, por conta da recessão na Inglaterra. Louisa precisa achar outro emprego, e urgente, mas sua falta de formação de anos trabalhando no café não favorecem na sua experiência profissional. Até que uma oportunidade aparece, uma entrevista de emprego como cuidadora de um deficiente. O salário alto e um contrato de apenas seis meses chamou sua atenção, mesmo sabendo que não leva jeito para essa área.

"Ninguém quer saber que ás vezes me sinto claustrofóbico estando nesta cadeira que tenho vontade de gritar feito louco só de pensar em passar mas um dia assim."

Louisa imaginou que o trabalho seria cuidar de um senhor de idade que precisa de cuidados, mas acaba descobrindo que iria trabalhar para Will Traynor, um homem de 35 anos bonito, bem sucedido e inteligente. E bem mal humorado. Antes de seu acidente, Will era um jovem bem ativo, viajava pelo mundo por conta de seu trabalho, praticava vários esportes e tinha muitas mulheres a seus pés. Mas o acidente o deixa em uma cadeira de rodas com os movimentos do corpo bem limitados. Contrario de tudo o que era.

Ele não vê mais sentido em viver daquele jeito, dependendo de todos para fazer qualquer coisa, sem poder fazer nada por sua própria conta e faz questão e mostrar sua infelicidade e sua dor em viver com as várias limitações. Mas com a chegada de Louisa, Will não esperava que sua vida iria mudar. Em apenas seis meses, a vida desses dois jovens iria mudar e eles não esperavam por isso. Lou irá tentar de tudo que está ao seu alcance para mostrar a Will que sua vida vale a pena, que sua vida pode melhorar. E ele fará o mesmo por ela.

"Não consegui ver sua boca, mas seus olhos se apertaram, um pouco divertidos. Eu queria que continuassem assim. Queria que ele fosse feliz, que seu rosto perdesse aquele ar assustado e alerta. Comecei a tagarelar. Contei piadas. Cantarolei baixinho. Fiz de tudo para estender o momento antes que ele voltasse a ser sombrio." 


Eu não tinha lido nada da autora até então e me surpreendi. Fiquei receoso de não gostar da obra antes de iniciar a leitura por sempre ouvir vários elogios positivos sobre o livro, mas eu gostei bastante do enredo. Um enredo que consegue emocionar o leitor, que o faz refletir em diversos momentos da história, que mostra as limitações e as dores pelo qual um tetraplégico tem que passar de uma forma bem clara, fácil do leitor compreender.

Eu adorei a personalidade de Louisa, com seu jeito divertido, excêntrico, único e despreocupado. Jojo consegue nos mostrar de forma clara o amadurecimento pelo qual Lou passa durante o livro. Em algumas passagens eu me pegava dando algumas gargalhadas por conta de nossa protagonista. Em um primeiro momento eu não gostei muito de Will, inteligente mas rabugento, deprimido e infeliz, que faz questão de irradiar sua tristeza e infelicidade para todos. Eu gostei muito como a amizade dos dois começou com o pé esquerdo, ele fazendo de tudo para irritá-la e a tirar do sério e ela sempre irradiando alegria e felicidade para  ambiente, mas aos poucos com a convivência do dia a dia eles começaram a se entender e formar uma bela amizade.    

Em relação aos outros personagens, eu posso dizer que não gostei muito da família de Louisa. Não achei justo os pais deixarem para ela a preocupação de ter que sustentar a família, o pai ajudava um pouco, mas a maior parte vinha de Lou. A irmã, Katrina, é bem egoísta, "roubando" o quarto da irmã e a obrigando a ficar em um quartinho bem apertado e partindo para a faculdade e deixando ainda mais obrigações em cima do ombro de Louisa. Com essas atitudes da família, para mim, consequentemente acabou fazendo com que a protagonista não tivesse ambições nenhuma e sempre com a preocupação de ser o principal sustento da família.

Will pretende ajudar Louisa enxergar que está deixando a vida passar, deixando de fazer diversas coisas para aproveitá-la e que ela precisa ampliar seus horizontes, que ela cresça e mude. Esse também é o papel dela, de fazê-lo enxergar o sentido na vida novamente, de fazê-lo enxergar que ele pode ser feliz com a limitações de ser um tetraplégico, que a vida dele vale a pena. E juntos, eles vão descobrir o amor de uma forma bonita e sutil, além do que o destino reserva para eles.

Apesar de ter achado a história bonita, ela também traz um assunto polêmico. Muitos tetraplégicos acham a razão de viver feliz e bem com as limitações, outros não. E esse é o caso de Will. Ele não se sente feliz, não é alegre com a vida que tem após o acidente. Ninguém deveria julgá-lo, ninguém está sentindo o que ele está, ninguém pode lhe dizer que ele deve seguir em frente, que ele pode ser feliz, que ele pode encontrar a razão de continuar vivendo, mesmo estando sujeito a pneumonias bem fortes, dores que o fazem sofrer e o corpo que não o responde mais, com poucos movimentos que consegue realizar sem ajuda de ninguém. Eu o entendo e concordo com o discurso de que toda vida vale a pena, mas se alguém não vê sentindo em viver mais, ainda mais na condição de Will, que sabe que nunca mais vai se recuperar, não acho justo o criticarem ou ficarem revoltadas por ele tentar se matar, qual o sentido de continuar vivendo, mas não conseguir viver? De ser infeliz, mas vivo?  Quem está sendo o verdadeiro egoísta, nós ou ele?

Jojo consegue fazer com que enxerguemos o outro lado da mesma moeda, o de Lou. Que quer acreditar com todas as forças de que Will consegue sair dessa, que a vida dele vale a pena, acredita que ele tem os recursos necessários para ter uma vida melhor. Mas ela sabe que não tem cura, mas está disposta a mostrar a Will que mesmo assim ele pode sair e viajar o mundo, que ele pode aproveitar passeios e principalmente, acredita que ele pode voltar a ser feliz, que pode voltar a querer viver. Louisa quer mostrar a Will que ele pode ser feliz novamente, mas Will tem o mesmo objetivo: de mostrar a Lou como aproveitar a vida e não perder oportunidades.

Uma história de amor que nos faz refletir, que faz com que nos coloquemos na situação de Will. Uma história de coragem, de recomeços e fazer a vida valer a pena. E principalmente, uma história que fala de dor e enfrentar as dificuldades. Um livro divertido, reflexivo e com uma história linda, não sei porque eu esperei tanto para ler e recomendo que todos que não conhecem ainda, leiam, vocês não vão se arrepender. Leitura recomendada.

E se ainda não viu, clique aqui para conferir nossa critica sobre o filme "Como eu era antes de você", a adaptação do livro que estreou em Junho de 2016.


Avaliação:





Até a próxima,


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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

CRITICA | O Lar das Crianças Peculiares

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Adaptação da obra de Rason Riggs, O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares, estreia nos cinemas nesta quinta-feira, (29) dirigido pelo aclamado diretor Tim Burton. Seguindo o mesmo enredo do livro, o longa acompanha Jacob Portman (Asa Butterfield), um garoto comum que passou sua infância ouvindo as incríveis histórias de seu avô Abe Portman (Terence Stamp) sobre monstros o perseguindo, o orfanato em que viveu ao lado de crianças que eram especiais, peculiares. Após presenciar a morte de seu avô de uma forma misteriosa e incomum, Jake entra no mundo de Abe e parte para o lugar que fez parte de sua infância, O Lar das Crianças Peculiares para descobrir mais sobre o misterioso avô. Vivem lá, Emma (Ella Purnell), Alma Peregrine (Eva Green), Claire (Rafiella Chapman) e outras crianças que possuem habilidades especiais. ou peculiaridades, de acordo com a nomenclatura que Riggs gosta de dar.

É claro que como em toda adaptação mudanças irão acontecer, prática bem comum no universo cinematográfico atual (assim como adaptar livros para as telonas). São comuns, desde que não prejudiquem ou afetem a base do enredo. Nesse caso, apesar de algumas não mexerem com o funcionamento do filme outras já prejudicam todo o enredo de O Lar das Crianças Peculiares. Podemos tirar como exemplo o vilão Barron vivido por Samuel L. Jackson, prejudicado pelo roteiro que o deixou menos interessante, perdendo consistência durante o longa e se tornando um vilão menos grandioso, ao contrário do que prometia.


De início tudo é apresentado ao espectador de forma apressada, e em certos momentos fica confuso e algumas cenas não se encaixam. A pressa por levar o longa para pontos importantes e mais interessantes prejudicou alguns dos relacionamentos, que seriam essenciais para o enredo, deixando-os rasos, muitas vezes sem sentido e sem importância. Tirando como exemplo o relacionamento de Jake e Abe, que no livro é a isca para nos puxar por todo o universo dos peculiares enquanto no filme essa essência foi retirada.

Um fato positivo do filme são os figurinos, que remetem bem à época em que é ambientada no filme. principalmente o da Srta. Peregrine que lembra uma ave, lembrando sua peculiaridade.

Ao mesmo tempo que as cenas com as crianças conseguem cativar o espectador, as que envolvem os vilões deixam a desejar, com atitudes muitas vezes rasas e menos interessantes. As lutas começam de uma forma excelente, mas vão perdendo o sentido e não convence com as sequências que foram apresentadas anteriormente; como por exemplo: um dos monstros consegue quebrar uma parede inteira e depois não consegue passar por uma porta de madeira.

Apesar de sequências sem sentido e personagens traídos pelo roteiro, o longa ficou fiel à história original, as mudanças feitas não afetaram muito a fidelidade no filme apresentado. A trilha sonora também facilita para quem assiste entrar no clima da história. O Lar das Crianças Peculiares tinha um grande potencial, mas por possuir vilões fracos e rasos deixou a desejar. O filme em si não é ruim e nem de todo o mal, mas em comparação ao livro poderia ser melhor. Até em comparação com ele mesmo, se os vilões tivessem atitudes melhores e o início um pouco menos apressado, poderia prender mais o espectador. É um filme bom para os fãs de Tim Burton, mas os amantes da obra e aqueles que leram o livro ficarão decepcionados ou estranhar os vilões do longa. Vale dar uma chance para conferir.

No dia 29, quinta-feira, o filme entrará em cartaz nos principais cinemas de todo o Brasil.





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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Lendo com Música #11

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Oi gente, como estão? Essa semana voou né? Vamos piscar e já já estaremos no Natal! Como foi a semana de vocês? Tivemos vários posts publicados aqui no blog ao longo dela, na terça tivemos uma dobradinha e liberamos a resenha de "O Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares" e de "A Garota no trem", na quinta saiu a resenha de "O Amor nos tempos de #likes". Perdeu algum? Vai lá conferir! E mais uma semana está chegando ao fim, e hoje tem Lendo com música, com uma música leve para relaxarmos um pouco.  







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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

O Amor nos Tempos de #Likes de Pam, Bel, Pedro e Hugo

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   Oulá você aí do outro lado! Hoje tem mais resenha aqui no blog!! Espero que não tenha cansado de nós porque essa semana tá movimentada, viu?! O livro de hoje é uma coletânea de três contos da Galera Record com os booktubers e autores Pam Gonçalves (leia resenha de "Boa Noite"), Bel Rodrigues, Pedro Pereira e Hugo Francioni, baseados em histórias famosas da literatura mundial. Confira abaixo um pouco de cada um dos contos! 


   "Próximo destino: amor" (Pam) abre o livro com a história da famosa YouTuber brasileira Liz. Em plena época do Dia dos Namorados, a garota, que não acredita muito no que dizem sobre o sentimento, precisa fazer um trabalho sobre amor. E nada melhor do que ser pega de surpresa por uma tempestade que fecha o aeroporto quando tudo o que mais quer é chegar na casa dos pais do sul do país. Em um dos poucos bancos livres do saguão de espera, Liz acaba conhecendo William em uma conversa um tanto quanto única. Mas ele não sabe quem ela realmente é, não acompanha muito a vida na web, e Liz está disposta a ocultar essa parte de si para que tenha alguém com quem conversar abertamente durante o voo. Um fato faz com que Liz mude totalmente seu destino de viagem, e acabe em um lugar mais do que especial. 


   "(Re)começos" (Bel) é o segundo conto e traz a história de Madu. Cursando o Ensino Médio, a garota ocupa o topo da turma no quesito notas e combinou com os pais de viajar sozinha para qualquer lugar do Brasil caso conseguisse passar direto na escola. Dito e feito, arruma as malas e parte para Búzios em uma época que a cidade não recebe muitos turistas. Ficando em um maravilhoso resort, ela decide se aventurar e vai até um restaurante de encontros às cega. Depois de esperar um pouco por um par, Madu acaba conversando com o garoto de voz familiar durante três horas. Do lado de fora, ela conhece algo a mais do que estava esperando. 

   "337 km" (Pedro e Hugo) fecha o livro com a história de Júlio e Ramon. Um é escritor de fanfics que acaba de finalizar o esboço do primeiro livro e o outro trabalha como livreiro, o único porém é a distância que os separa. Se conheceram em um grupo na internet sobre escrita e compartilhamentos de textos e quando Ramon adiciona Júlio no Facebook, os dois automaticamente possuem uma ligação especial. Passam dias e dias conversando sobre os mais variados assuntos como se fossem amigos há muito tempo, não completos desconhecidos. A distância entre eles é a única coisa que os impede de viver o que realmente desejam. Mas quando se encontrarem será que tudo vai estar a favor deles? 


   Os contos são muito leves e rápidos de ler, quando você começa logo já se vê fechando o livro. O fato de todos eles terem uma ligação, seja com personagens sendo mencionados direta ou indiretamente, ajuda na leitura e torna toda a experiência agradável. Os personagens são relacionáveis com o público e seus dramas também (quem nunca conheceu aquele alguém especial que mora a quilômetros de distância?) Todos seus pensamentos e desejos são bem construídos e representados em cada um dos contos. 

    Em nenhum momento o leitor fica incomodado por serem baseados em histórias já lançadas e consagradas mundialmente, mesmo com a contra-capa sendo uma menção aos personagens originais. Você é completamente sugado para dentro da história e não quer mais nada a não ser acompanhar os dramas amorosos de cada um, querendo mais quando terminar. 

   É um livro rapidinho de ler e traz as histórias mais fofas de todas! Recomendadíssimo para quem gosta, e para quem não também, de romance nos dias atuais. Os quatro autores souberam muito bem retratar como são os relacionamentos dos dias de hoje nas páginas, fazendo as tramas serem identificáveis para o público ávido no virtual. E para os que querem saber mais como funciona, esse livro é uma ótima pedia para começar! 

Nota: 3,8 











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terça-feira, 20 de setembro de 2016

A Garota no Trem de Paula Hawkins

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   Oulá você aí do outro lado!! Hoje o post é uma resenha, finalmente! Chegando cada vez mais perto do lançamento do filme, aqui jaz o post sobre o livro! Eu também publiquei essa resenha no outro site que faço parte, o FITA K7, então corre lá conferir esse e mais um tanto de posts legais e imperdíveis!! Bora pra resenha. 


   Rachel acabou de perder tudo. Perdeu o emprego, o marido e a casa onde morava. Agora morando de favor na casa da amiga Cathy, ela vai até Londres todos os dias de manhã de trem procurar um novo trabalho. Sentada na janela, ela começa a imaginar vidas perfeitas para os moradores das casas ao lado dos trilhos do trem: tem o jovem casal super apaixonada que ela os chama de Jason e Jess e, claro, tem a antiga casa em que morava que agora é ocupada por seu ex-marido e a nova esposa. 

   Por ter perdido tudo muito rápido, e por uma desavença irreconciliável com Tom, seu ex-marido, Rachel encontrou conforto na bebida. E é através desse fato que a história se desenrola. Ela bebe muito; quando está feliz, triste, cabisbaixa ou desacreditada. Rachel às vezes chega a passar muito mal pelo tanto de álcool que ingere, tendo episódios de vomitar no meio da casa e não ter condições ou forças para limpar depois. E é também por causa da bebida que Rachel acaba envolvida em um crime. 

   Anna, a nova mulher de Tom, não gosta de Rachel. Por causa da bebida e vários episódios de perseguição, ela acredita que a ex-mulher do marido é extremamente tóxica e perigosa para sua família, ela faz de tudo para proteger sua filha, uma bebê chamada Evie. Anna também acredita que Rachel tem um papel crucial no crime que chocou a todos na região. 

    Rachel não se lembra de absolutamente nada do que aconteceu naquela noite, estava inteiramente sob os efeitos do álcool. Flashes inconstantes e duvidosos passam por sua cabeça, mas nada que possa ajudá-la a descobrir exatamente o que houve na noite que Jess, seu nome real é Megan Hipwell, desapareceu. Lutando contra o vício em bebidas, com a polícia suspeitando de todos seus movimentos, Rachel tenta com todas as forças lembrar se está, de fato, relacionada ao desaparecimento de Megan. 

                                                                         ~~~~~~

    A narrativa do livro é muito densa. Paula, intercalando a narrações entre três personagens, faz o leitor colocar diferente suspeitos no topo da lista. Em uma página ela faz você crer que tal personagem tinha todos os motivos para sumir com Megan, mas logo depois já apresenta outro que tem motivos a mais. O que é um ponto positivo, porque a história não se torna previsível e o final fica guardadinho esperando você chegar até ele. 

   Os personagens são complexos e bem construídos, todos possuem uma contradição perfeita para o leitor se simpatizar com eles. Temos Rachel, a alcoólica que perdeu tudo, que persegue a família do ex-marido, mas que mesmo assim se mostra uma pessoa de extremo caráter. Anna, a amante que se tornou esposa e tenta mais do que tudo manter a família a salvo, não importando se beira o exagero. Scott, o marido ingênuo e confiável de Megan recém-abalado, mas que se mostra totalmente inseguro e desequilibrado. Temos o terapeuta de Megan, de rosto bonito e confiável que se torna um dos principais suspeitos. Enfim, a autora soube muito bem contrabalancear as diversas personalidades de seus personagens, com o leitor toda hora se vendo no meio de algo muito maior que o desaparecimento. 

   Porém, de todo bom tem um lado ruim. "A Garota no Trem" possui um pouquinho do famoso complexo "Convergente" (Veronica Roth) de ser... Se quem leu a trilogia Divergente pegou essa referência, então sabe do que estou falando! Esse fato me decepcionou um pouco, mas nada que atrapalhou a leitura, diferente do outro, e é algo totalmente desnecessário e fora de lugar na narrativa. A leitura também demora um pouco a engrenar, a apresentação de todo o ambiente, dos personagens e afins se torna um pouco longa até que de fato cheguemos a todo o conflito da história. O livro em geral me agradou bastante, o final é algo de apertar o coração no peito porque você não sabe nem em um segundo o que vai acontecer. Recomendadíssimo! 

Espero que tenham gostado! Até a próxima! 


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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares - de Ransom Riggs

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FICHA TÉCNICA
Título: O Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares
Autor: Ransom Riggs
Editora: Leya
ISBN: 978-85-441-0284-8
Edição:
Número de páginas: 336
Ano: 2015







Jacob Portman cresceu ouvindo as histórias que seu avô vivenciou na infância, sobre como ele se separou de sua família aos cinco anos de idade e fora morar em um orfanato no País de Gales. As histórias variavam, sua vida como artista de circo, vagens de navio, crianças que flutuavam, que davam vida aos mortos, que formavam bolas de fogo em suas mãos, com uma força sobre-humana, crianças invisíveis e sobre sua vida durante a guerra, mas Jacob ficava fascinado com cada uma delas. E todas tinham uma coisa em comum: os monstros que seu avô relatava que precisava fugir.

"Agarramo-nos a nossos contos de fadas até que o preço por acreditar neles se torna alto demais"

Jacob foi crescendo e as histórias de Abraham, seu avô, foram cada vez mais se tornando banais para ele e o medo crescia dentro dele de seu avô estava enlouquecendo, preso dentro de casa com medo de monstros que estavam o perseguindo e armários cheios de armas. E pouco a pouco Jacob parou de acreditar nas "fantasias" de seu avô.

Filho único de pais bem sucedidos e herdeiro de uma parte das empresas Smart AID, Jacob considerava sua vida normal e comum até que uma grande tragédia acontece, ele presencia a morte de Abraham. E Jacob o amava com todo o coração, mesmo todos considerando seu avô um louco e fora de si. O pior de tudo, Jake acredita ter visto um dos assassinos de Abe. Todos começaram a achar que Jacob estava perdendo a cabeça, que não tinha visto nada e foi tudo uma reação ao estresse causado pelo momento.

Convicto de querer colocar toda essa história a limpo e desvendar o misterioso passado secreto de seu avô, Jake encontra uma carta de alguém que seria do orfanato e decide ir até a ilha desvendar todo esse mistério e descobrir o que realmente aconteceu no passado. Mas quando chega a seu destino, ele encontra uma casa abandonada, em ruínas. Uma casa castigada pelo tempo, inabitável e horripilante. Em meio aos destroços da casa, ele encontra um álbum de fotografias velho, com fotos de várias crianças e de momentos delas brincando. E algumas que pareciam muito com as que seu avô o mostrara, de um rapaz coberto por abelhas, um outro carregando uma enorme pedra somente com uma mão, uma menina que flutuava, um rapaz quer parecia ser invisível, e várias outras. Mas para Jake não restava dúvidas, todas elas claramente foram modificadas.

Em meio a tantos mistérios, segredo e respostas a serem buscadas, Jake descobre que as fotos de seu avô são verdadeiras, que as história que lhe contava são reais e não apenas para mascarar as atrocidades que vivenciou na guerra e que o orfanato continua funcionando após tantos anos e do terrível acidente que ocorreu. Mas o tempo parou para eles, um mundo em que não há doenças e nem morte, um mundo que existe apenas o hoje, um mundo onde estão seguros. Mas seria tão sublime assim? E Jake encontrará tudo o que procura?

"Tem muitas coisas nesse lugar que ela não gostaria que você soubesse."

Eu achava que a história seria um terror que me daria medo de dormir ou de ler a noite, mas não foi isso que aconteceu. E não me decepcionou, eu gostei bastante da história criada pelo autor, uma história arrepiante e fantástica. Ransom soube trabalhar de forma excelente o universo que criou e não se perdeu em momento algum no decorrer do enredo. Soube conduzir majestosamente o e criou mundo fantástico que elaborou a partir de várias fotografias que ilustram todo o livro.

As fotos presentes no livro que ilustram toda a narrativa, pertencem a diversos colecionadores e são todas reais, nenhuma foi criada ou modificada para fazer parte da história. Fato esse que aumenta a imaginação de qualquer leitor. E uma arte feia com muita maestria pelo autor.

As peculiaridades de cada crianças foi bem pensada, apesar de que eu gostaria de que algumas fossem bem mais exploradas e os personagens foram muito bem construídos e são ricos, cada um com sua participação digna na trama. O terror da história, todo o mistério e segredos da narrativa estimulam toda a imaginação dos leitores.

O que eu mais achei interessante no livro foi a ligação de fatos imaginários com fotos reais e perturbadoras, os ambientes criados, sendo muitos enigmáticos e assustadores, além do cruzamento da história com a opressão sofrida pelos judeus e da guerra com a fantasia criada pelo autor presente em toda a narrativa. Além de toda manipulação do realismo das fotografias com a imaginação de Riggs.

A história, sem dúvidas, é uma criação muito bem elaborada, surpreendente e que o autor consegue prender a atenção de seu leitor sem cansar a mente e sem se perder no meio de tanto mistério no universo fantasioso que criou. A leitura flui e o final é ótimo, deixando um gancho direto para o próximo livro e que nos deixa com a pulga atrás da orelha e curiosos com o que vem a seguir na trama de Jacob e as crianças peculiares. Leitura mais que recomendada!

Avaliação:



Ah, e não se esqueçam, o livro ganhou uma adaptação cinematográfica dirigida pelo Tim Burton, confere o trailer:




Até a próxima,



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terça-feira, 13 de setembro de 2016

LI até a página 100 e... #2 O Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares

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Oi gente! Resolvi reviver uma TAG para vocês hoje, que já teve aqui no blog uma vez e você pode conferir clicando aqui e eu acho bem interessante fazê-la mais vezes. A TAG consiste em contar as primeiras impressões do livro até a página cem. Uma pequena resenha com algumas perguntas sobre a história, vocês vão entender melhor! Pretendo trazer com mais frequência e espero que gostem. Ah e ela foi criada pelo blog Estante Lotada, então clique aqui para ir lá conhecer.



O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças peculiares


Primeira frase da página 100:
"... empenara as prateleiras e as transformara em sorrisos estranhos."

Do que se trata o livro?  
Após uma tragédia familiar, Jacob, um menino de 16 anos, parte para uma jornada em uma ilha remota na costa do País de Gales, onde descobre as ruínas do Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares. Jacob começa a explorar os quartos e cada vez mais fica claro que as crianças são muito mais que peculiares: podem ter sido perigosas e confinadas na ilha deserta por um motivo... E podem ainda estar vivas.

O que está achando até agora?
Eu estou gostando. Estou achando bem interessante os links que o autor faz com fotos que pegou emprestados com colecionadores com a história. A história segue com muitos mistérios e você fica tentando adivinhas e pensando em hipóteses e ao mesmo tempo você fica apreensivo para descobrir tudo o que aconteceu no passado. 

O que está achando dos personagens?
Eu estou gostando do Jacob, ele é um garoto bem determinado, não desiste fácil e procura entender o lado de todos em um assunto, mas ao mesmo tempo querendo provar o dele. Por outro lado eu não gosto muito dos pais do menino, pois eles deixam muito ele de lado. Dá a impressão que não ligam para o filho. Ainda não tenho uma opinião formada sobre o melhor amigo de Jacob, o Ricky, apenas que ele devia ser mais compreensivo e amigo. Eu gosto muito do avó de Jacob, ele viveu grandes aventuras quando jovem e queria incluir o neto nas memórias da juventude. Estou esperando os outros personagens aparecerem. 

Melhor quote até agora:
"Por isso que eu não podia acreditar que ele fosse um mentiroso, um traidor e mau pai, porque, se vovô Portman não fosse bom e honrado, eu tinha certeza de que ninguém mais poderia sê-lo."

Vai continuar lendo?
Com certeza sim. O livro vai ganhar um adaptação nas telonas logo mais nesse mês e eu pretendo terminar antes da estreia, além de que eu corri atrás desse livro quando o conheci e nunca achava em nenhum lugar, nem nas trocas do skoob. Consegui comprar um exemplar que não é a capa que eu queria e ainda veio amassado. E estou bem curioso para o final e para desvendar todos os mistérios que envolvem a ilha o orfanato. 

Última frase da página:
"É sua? Era isso que você levava no trem na última vez em que viu sua mãe e seu pai, quando sua primeira vida chegava ao fim."

Até a próxima gente.


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Boa Noite da Pam Gonçalves

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   Oulá você aí do outro lado! Hoje tem resenhaa!!! O livro de hoje estava na minha lista de desejos mesmo quando ainda estava sendo escrito pela autora, simplesmente porque eu amo os vídeos da Pam e a acompanhei durante toda a jornada do primeiro livro solo dela! E essa semana, quando ela divulgou que vem em BH ainda esse mês, corri pra livraria comprar meu "Boa Noite"! E não me decepcionou nem um pouco!! 

 
 Assim que terminou a vida escolar, Alina pôs em prática seu desejo de ser vista pelos outros de maneira diferente. Sempre quis ser outra pessoa, ser quem ela realmente era, mas nunca teve a força para tal mudança em sua vida. Na faculdade, encontrou a chance perfeita para isso: nada melhor do que o lugar onde você não conhece ninguém, e está inteiramente por conta própria, para se reinventar. 

   Saindo do conforto da casa dos pais, ela foi parar na charmosa casa de tijolinhos que servia como a República das Loucuras. Lá, conheceu as primeiras pessoas de sua nova vida. Manu, a loira livre, leve e solta; Gustavo, o garoto que cursava medicina e reivindicou os assuntos da república do pai; Talita e seu namorado Bernardo, que nunca estavam separados por muito tempo.  Estava prestes a ser uma garota totalmente diferente da que era nos tempos de escola. 

   Caloura em Engenharia da Computação, Alina nunca viu sua vida agitada como agora. Seus colegas de república eram frequentantes assíduos das mais diversas festas e sempre faziam questão de a levarem com eles, mesmo ela tendo inúmeros trabalhos e estudos de Cálculo, História da Computação e afins para fazer. E assim ela se enxergava cada vez mais distante de sua antiga personalidade. 

    Manu se torna uma grande aliada, como Luana, sua colega de classe. Em meio a tantos trabalhos, um concurso, festas e mudanças Alina se vê no centro de uma cultura extremamente desagradável e que cada dia mais se torna o grande foco de uma página de fofocas da Universidade que surgiu na internet. Terá valido a pena ter deixado a vida de boa menina pra trás? 


   Eu quero mais. Simplesmente não estou preparado e pronto o suficiente pra deixar essa história de lado! Pam consegue tratar de inúmeros assuntos, alguns deles muito sérios e pesados, com uma escrita leve e viciante que não tira o foco da mensagem que ela quer passar. Sua narrativa é surpreendentemente viciante, cada vez que eu fechava o livro queria voltar o mais rápido possível. 
   Alina é uma personagem muito identificável com seu drama de caloura e sua vontade de fazer a diferença. Eu mesmo me relacionei com sua vontade de mudar o rumo de sua vida entrando na faculdade, ainda que não tenha passado pelas mesma situações em meu primeiro semestre. Além dos dramas da protagonista, todos os outros personagens também possuem suas costas de tramas e devo dizer: todas super bem construídas e elaboradas. 
   Manu tem seus próprios problemas dentro e fora da faculdade, como todos os moradores da casa de tijolinhos. E Pam conseguiu distribuir toda a atenção necessária entre eles, sem nem mesmo apagar sua principal. Nas 240 páginas de história, a autora abordou todas as vidas individuais de seus personagens de uma forma incrível, soube encontrar o tempo perfeito para cada um. 
   Acredito que Pam seja uma escritora de mão cheia. Ela sabe criar uma trama principal, e costurá-la com as sub-tramas sem deixar, nem uma única vez, ficar piegas e cliché demais. Tudo co-relacionado e fazendo o maior sentido na história em si, e o leitor só consegue perceber isso no final porque é tão natural ao decorrer da narrativa, tudo super bem costurado. 
   "Boa Noite" tem uma escrita ao mesmo tempo leve e poderosa. Mesmo um pouco fantasiosa em alguns pontos, a história consegue passar uma mensagem incrível para o leitor, e um aviso pra quem quer que esteja passando pelo período universitário, ou quase chegando à ele. Seja pelos personagens, pela ambientação ou demais aspectos eu GARANTO que o livro da Pam é mais do que uma boa pedida (e não apenas falando como fã). Aproveita a turnê de lançamento e vá ler antes que ela chegue à sua cidade! 

Até o próximo encontro!





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domingo, 21 de agosto de 2016

Quando as Luzes se Apagam

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   Oulá pessoas! Tudo bom com vocês? Hoje eu trago pro blog a crítica de um filme que assisti recentemente e me surpreendeu bastante!! Baseado em um curta lançado em 2013, de mesmo nome no inglês, Quando as Luzes se Apagam é um filme de suspense com Teresa Palmer no papel principal e é um bom representante do gênero. Bora pra crítica! 


   Becca (Palmer) perdeu o pai aos 10 anos de idade e saiu de casa depois de problemas com a mãe Sophie (Maria Bello). Agora morando sozinha e tendo um relacionamento um tanto quanto único com Bret (Alexander DiPersia), ela precisa voltar ao seu passado e o de sua mãe após seu meio-irmão Martin (Gabriel Bateman) também perder o pai e começar a ser afetado pelos mesmos eventos que uma vez a afetaram. 

   Lutando contra o tempo e o escuro, eles precisam vencer uma entidade poderosa que só possui forças quando as luzes se apagam chamada Diana. Possuindo um laço antigo com Sophie, essa entidade tem como objetivo afastar a todos da casa da mulher. Mas uma coisa Diana não esperava em seu caminho: o amor materno. 



   "Quando as Luzes se Apagam" não é O filme do ano, mas é um dos únicos que consegue entreter e ser bom ao mesmo tempo. Seu roteiro não é inovador, apesar de possuir planos e sequências dignas de nota, mas cumpre com o objetivo de levar o espectador para dentro da narrativa. Porém, também peca em responder algumas perguntas e muitas vezes seus personagens oscilam de acordo com o pedido da cena. Como todo filme do gênero, a ação demora um pouco a acontecer, mas quando começa não perde o ritmo. 

   O longa tem, ao longo de seus 81 minutos, várias referências ao material que o originou e, inclusive, a participação especial da atriz Lotta Losten que protagonizou o curta de 2013 que nesse tem o papel de Esther em uma cena semelhante à original. Apenas o visual da entidade do filme é mais desenvolvido, possuindo melhor apelo para com o público e sua backstory em si. 

   A direção de arte do filme é bem trabalhada, representando todas as questões visuais presentes no roteiro e com o ótimo trabalho nas cenas escuras que perpetuam boa parte do tempo. As cenas no porão e no quarto de Becca são as que mais chamam a atenção, além de todo o arco final na casa de Sophie. Como boa parte do filme se passa em locais escuros, com poucas cenas durante o dia, é de se esperar que todas as cenas sejam boas aos olhos; e nisso, com certeza o filme não decepciona. 

   
      Não é um filme para dar sustos. Claro, tem uns aqui e ali, mas não é o foco e é agradável ver um filme de suspense mais preocupado em desenvolver sua trama do que assustar repetidamente seus espectadores (como muitos têm feito recentemente). Alguns desses sustos são previsíveis outro nem tanto, mas nada que canse demais que está assistindo ao filme, souberam usar o bom senso e balancear a dosagem. 

   Eu recomendo o filme, sim, mesmo para aqueles que não são muito chegados a suspense e terror. É bom, bem desenvolvido e, mesmo com suas falhas, cumpre com o objetivo. Não vá esperando um filme de suspense/terror revolucionário à lá "Bruxa de Blair" e também não espere a melhor história de terror do ano, mas saiba que se você estiver desejando assistir a um filme bom e nada como os últimos "Atividade Paranormal", deixe as luzes apagadas para esse e curta uma boa sessão de cinema ;P 

Se ficou curioso, assista ao curta de 2013 abaixo! 




Até a próxima! 


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quarta-feira, 15 de junho de 2016

Como eu era antes de você - Crítica

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   Bom diaaa a todo mundo!!! Como vão? Essa quinta, dia 16, estreia a adaptação de "Como eu era antes de você" com Emilia Clarke e Sam Claflin, já dissemos neste post. E ontem pudemos conferir uma special screening do filme aqui em BH e hoje contamos tudo pra vocês!!! Vamos lá então. 

   Devo começar essa crítica dizendo que fui assistir ao filme sem saber quase nada da história a não ser a sinopse. Não li o livro antes e também assisti a pouco material de divulgação do filme, apenas o trailer genérico que passava em outra sessões de cinema (aquele com a música do Ed Sheeran, que só há poucas cenas do filme). Acabei me surpreendendo, não era nada do que eu esperava. 

   Logo no início do filme eu fiquei com o seguinte pensamento na cabeça: "mais um filme clichê, com plot previsível e final igual a todos os outros". E muitas outras vezes a comparação com diversos filmes também perpetuou, um em especial ("You're Not You" com a Emmy Rossum e a Hilary Swank) ficou em constância durante todo o filme. Mas como disse, fui surpreendido. 

   O final é, sim, previsível. Não tem como negar, mas o caminho até ele é totalmente maravilhoso e único de acompanhar. O filme começa com um pequeno vislumbre da vida de Will Traynor (Claflin) antes do acidente, pequeno mesmo porque são meros minutos antes de mudar todo o rumo da história. Nesses minutos, o roteiro dá dicas inocentes do que está por vir, um foreshadowing simples, como ele fazendo menção de pegar um capacete de moto para sair de casa. Tem outro também, mas esse vocês tem de ir conferir. Então somos apresentados à Louisa Clark (Clarke), uma jovem que trabalha em um pequeno café para ajudar a família e possui uma vida simples e modesta. 

   Com o café fechando, ela precisa de outro emprego e então consegue ser empregada pela mãe de Will. Emilia está simplesmente perfeita no papel. A atriz conseguiu captar a essência da personagem e transmiti-la para além do figurino exótico de Louisa. Sua atuação está fantástica e, como é o primeiro trabalho que assisto, não atrelei nenhum outro personagem à sua imagem. Sam também entrega uma performance estonteante como o jovem amargurado, sendo o primeiro encontro dos dois uma cena que rendeu muitas risadas na sessão. 

   A partir daí, o filme vai traçando seu próprio caminho. Antes, só preparou o terreno para o que viria. As roupas de Louisa recebem bastante enfoco na montagem, tanto para nos apresentar à personalidade dela como para representar a passagem de tempo no filme. Até que certo ponto da história ela passa a vestir mais roupas com tons sóbrios e lisas, e encontrar um equilíbrio no final. 
 
   
















    
   O filme também nos agrada com bastante detalhes pequeninos no cotidiano dos dois, como uma sequência das mãos de Louisa passando as páginas da pasta dos remédios controlado de Will para ajudá-lo em uma crise ou das conversas de Louisa e sua irmã Katrina (Jenna Coleman). Esses planos acrescentam uma leveza e simplicidade à narrativa que quebram com o tom do drama constante vivido por eles, como também é o papel das sequência na viagem. 

   As várias piadas e diálogos entre Louisa e Will também quebram com o drama, mas são uma coisa à parte. O relacionamento dos dois começa devagar, ela tentado descobrir alguma forma de animá-lo e ele relutante em deixá-la fazer qualquer coisa. Mas a partir do momento em que os dois se entendem, são só sorrisos e gargalhadas, o que ajuda o espectador a simpatizar e entrar na história dos personagens. Não tem ninguém que não fique angustiado com Louisa em certo ponto, ou quem não entenda os motivos de Will. Neste aspecto o roteiro de Jojo Moyes, Scott Neustadter e Michael H. Weber obteve sucesso absoluto. 


   "Como eu era antes de você" é clichê e previsível, mas tem sua receita misturada e mixada de maneira única e particular, bem feita para dizer o mínimo. Não é aquele filme água com açúcar, mas também não é o tipo de filme coração de pedra. Ele apresenta suas falhas, sua previsibilidade e narrativa de maneira natural e espontânea de modo a induzir o espectador a se envolver com o que está assistindo (foram várias as fungadas de choro ao final do filme). Não é todo filme que ao mesmo tempo que é previsível, apresenta esse fator ao seu favor. Recomendo! 





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