terça-feira, 20 de setembro de 2016

A Garota no Trem de Paula Hawkins

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   Oulá você aí do outro lado!! Hoje o post é uma resenha, finalmente! Chegando cada vez mais perto do lançamento do filme, aqui jaz o post sobre o livro! Eu também publiquei essa resenha no outro site que faço parte, o FITA K7, então corre lá conferir esse e mais um tanto de posts legais e imperdíveis!! Bora pra resenha. 


   Rachel acabou de perder tudo. Perdeu o emprego, o marido e a casa onde morava. Agora morando de favor na casa da amiga Cathy, ela vai até Londres todos os dias de manhã de trem procurar um novo trabalho. Sentada na janela, ela começa a imaginar vidas perfeitas para os moradores das casas ao lado dos trilhos do trem: tem o jovem casal super apaixonada que ela os chama de Jason e Jess e, claro, tem a antiga casa em que morava que agora é ocupada por seu ex-marido e a nova esposa. 

   Por ter perdido tudo muito rápido, e por uma desavença irreconciliável com Tom, seu ex-marido, Rachel encontrou conforto na bebida. E é através desse fato que a história se desenrola. Ela bebe muito; quando está feliz, triste, cabisbaixa ou desacreditada. Rachel às vezes chega a passar muito mal pelo tanto de álcool que ingere, tendo episódios de vomitar no meio da casa e não ter condições ou forças para limpar depois. E é também por causa da bebida que Rachel acaba envolvida em um crime. 

   Anna, a nova mulher de Tom, não gosta de Rachel. Por causa da bebida e vários episódios de perseguição, ela acredita que a ex-mulher do marido é extremamente tóxica e perigosa para sua família, ela faz de tudo para proteger sua filha, uma bebê chamada Evie. Anna também acredita que Rachel tem um papel crucial no crime que chocou a todos na região. 

    Rachel não se lembra de absolutamente nada do que aconteceu naquela noite, estava inteiramente sob os efeitos do álcool. Flashes inconstantes e duvidosos passam por sua cabeça, mas nada que possa ajudá-la a descobrir exatamente o que houve na noite que Jess, seu nome real é Megan Hipwell, desapareceu. Lutando contra o vício em bebidas, com a polícia suspeitando de todos seus movimentos, Rachel tenta com todas as forças lembrar se está, de fato, relacionada ao desaparecimento de Megan. 

                                                                         ~~~~~~

    A narrativa do livro é muito densa. Paula, intercalando a narrações entre três personagens, faz o leitor colocar diferente suspeitos no topo da lista. Em uma página ela faz você crer que tal personagem tinha todos os motivos para sumir com Megan, mas logo depois já apresenta outro que tem motivos a mais. O que é um ponto positivo, porque a história não se torna previsível e o final fica guardadinho esperando você chegar até ele. 

   Os personagens são complexos e bem construídos, todos possuem uma contradição perfeita para o leitor se simpatizar com eles. Temos Rachel, a alcoólica que perdeu tudo, que persegue a família do ex-marido, mas que mesmo assim se mostra uma pessoa de extremo caráter. Anna, a amante que se tornou esposa e tenta mais do que tudo manter a família a salvo, não importando se beira o exagero. Scott, o marido ingênuo e confiável de Megan recém-abalado, mas que se mostra totalmente inseguro e desequilibrado. Temos o terapeuta de Megan, de rosto bonito e confiável que se torna um dos principais suspeitos. Enfim, a autora soube muito bem contrabalancear as diversas personalidades de seus personagens, com o leitor toda hora se vendo no meio de algo muito maior que o desaparecimento. 

   Porém, de todo bom tem um lado ruim. "A Garota no Trem" possui um pouquinho do famoso complexo "Convergente" (Veronica Roth) de ser... Se quem leu a trilogia Divergente pegou essa referência, então sabe do que estou falando! Esse fato me decepcionou um pouco, mas nada que atrapalhou a leitura, diferente do outro, e é algo totalmente desnecessário e fora de lugar na narrativa. A leitura também demora um pouco a engrenar, a apresentação de todo o ambiente, dos personagens e afins se torna um pouco longa até que de fato cheguemos a todo o conflito da história. O livro em geral me agradou bastante, o final é algo de apertar o coração no peito porque você não sabe nem em um segundo o que vai acontecer. Recomendadíssimo! 

Espero que tenham gostado! Até a próxima! 


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