quarta-feira, 28 de setembro de 2016

CRITICA | O Lar das Crianças Peculiares

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Adaptação da obra de Rason Riggs, O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares, estreia nos cinemas nesta quinta-feira, (29) dirigido pelo aclamado diretor Tim Burton. Seguindo o mesmo enredo do livro, o longa acompanha Jacob Portman (Asa Butterfield), um garoto comum que passou sua infância ouvindo as incríveis histórias de seu avô Abe Portman (Terence Stamp) sobre monstros o perseguindo, o orfanato em que viveu ao lado de crianças que eram especiais, peculiares. Após presenciar a morte de seu avô de uma forma misteriosa e incomum, Jake entra no mundo de Abe e parte para o lugar que fez parte de sua infância, O Lar das Crianças Peculiares para descobrir mais sobre o misterioso avô. Vivem lá, Emma (Ella Purnell), Alma Peregrine (Eva Green), Claire (Rafiella Chapman) e outras crianças que possuem habilidades especiais. ou peculiaridades, de acordo com a nomenclatura que Riggs gosta de dar.

É claro que como em toda adaptação mudanças irão acontecer, prática bem comum no universo cinematográfico atual (assim como adaptar livros para as telonas). São comuns, desde que não prejudiquem ou afetem a base do enredo. Nesse caso, apesar de algumas não mexerem com o funcionamento do filme outras já prejudicam todo o enredo de O Lar das Crianças Peculiares. Podemos tirar como exemplo o vilão Barron vivido por Samuel L. Jackson, prejudicado pelo roteiro que o deixou menos interessante, perdendo consistência durante o longa e se tornando um vilão menos grandioso, ao contrário do que prometia.


De início tudo é apresentado ao espectador de forma apressada, e em certos momentos fica confuso e algumas cenas não se encaixam. A pressa por levar o longa para pontos importantes e mais interessantes prejudicou alguns dos relacionamentos, que seriam essenciais para o enredo, deixando-os rasos, muitas vezes sem sentido e sem importância. Tirando como exemplo o relacionamento de Jake e Abe, que no livro é a isca para nos puxar por todo o universo dos peculiares enquanto no filme essa essência foi retirada.

Um fato positivo do filme são os figurinos, que remetem bem à época em que é ambientada no filme. principalmente o da Srta. Peregrine que lembra uma ave, lembrando sua peculiaridade.

Ao mesmo tempo que as cenas com as crianças conseguem cativar o espectador, as que envolvem os vilões deixam a desejar, com atitudes muitas vezes rasas e menos interessantes. As lutas começam de uma forma excelente, mas vão perdendo o sentido e não convence com as sequências que foram apresentadas anteriormente; como por exemplo: um dos monstros consegue quebrar uma parede inteira e depois não consegue passar por uma porta de madeira.

Apesar de sequências sem sentido e personagens traídos pelo roteiro, o longa ficou fiel à história original, as mudanças feitas não afetaram muito a fidelidade no filme apresentado. A trilha sonora também facilita para quem assiste entrar no clima da história. O Lar das Crianças Peculiares tinha um grande potencial, mas por possuir vilões fracos e rasos deixou a desejar. O filme em si não é ruim e nem de todo o mal, mas em comparação ao livro poderia ser melhor. Até em comparação com ele mesmo, se os vilões tivessem atitudes melhores e o início um pouco menos apressado, poderia prender mais o espectador. É um filme bom para os fãs de Tim Burton, mas os amantes da obra e aqueles que leram o livro ficarão decepcionados ou estranhar os vilões do longa. Vale dar uma chance para conferir.

No dia 29, quinta-feira, o filme entrará em cartaz nos principais cinemas de todo o Brasil.





2 comentários :

  1. VYADOOOOOOOOOOOO
    AMEI ESSA CRÍTICA SEM SPOILER, NÃO LI O LIVRO AINDA E TÔ LOUCA PRA ASSISTIR O FILME, GOSTEI DOS PONTOS FRACOS DO FILME É PROVAVELMENTE VEREI OS MESMO, PORQ SOU CHATA, OU TALVEZ EU DESLIGUE O CÉREBRO AHAHAHAHAHAHAHA AS VEZES FAÇO ISSO PRA APROVEITAR 🙌 AMEI, ADOREI, ACHEI TUDO.

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    1. ERREI UM MONTE NO COMENTÁRIO, MAS VIDA QUE SEGUE ahaahahahahahahaha

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